15 março 2007

Crónicas do Tusaboy: O primeiro beijo – parte II

Do artista que ele é, o TusaBoy
Ok, o beijo. É isso… Enfim quero primeiro dizer uma coisa, já ficaram especados a ir dar um beijo a uma rapariga? Posso dizer que fiquei. E, com calma, escolhi cuidadosamente o meu alvo, e os meus objectivos com a rapariga em causa. Ela, uma rapariga toda boa. Loira, alta, e com uma cara angelical… Perfeita. Linda. Sexy. Boa como o milho! Tantas palavras bonitas e já me estão a afastar da história Carago! Ok, vou explicar. Primeiro, tentei apanha-la sozinha. O que não é fácil como todos sabem. Primeiro porque as raparigas andam em manadas. Parecem animais. Vão aos montes para a casa de banho, vão os montes para a rua, vão aos montes para um lado e para outro. Porquê pergunto eu? Não faço ideia. Mas enfim, cá nos arranjamos para as separar que raio! Portanto foi buscar malta de confiança para me ajudar. E é importante dizer que não é qualquer um que me pode ajudar! Primeiro porque num grupo de amigos, existem três definições:
- Os amigos
- Os companheiros
- Os parvos
Agora, os amigos são aqueles tipos que são capazes de comer a nossa namorada se lhes for dada essa hipótese. Os companheiros são aqueles que confiam e se esforçam por nos fazer ganhar confiança. Os parvos fazem tudo por nos, até suportar uma divida para com eles de vários almoços e pancadas. E isto aprendi por mim mesmo.
Portanto escolhi os companheiros. Um deles veio ao grupo delas e disse:

Companheiro – Irina estão te á chamar na secretária.
Irina – Porquê? (E agora o mais importante, a justificação tanto credível como fácil para afastar as outras)
Companheiro – Qualquer cena do pagamento da escola e os teus pais.
Irina – Ok, vou lá. Já volto.
Amigas – Queres que a gente vá contigo?
Irina – Não deve ser nada.

Ok, primeira fase completa. Ela está sozinha. Agora deixo ela ir a secretária, saber que ninguém a chamava, e vê-la voltar desiludida. Aí vem ela de volta e contra-ataque!

Tusaboy – Então Irina por cá?
Irina – Não, estou ali.
Tusaboy – (calma ela está irritada) Olha porque não vamos ao bar, ofereço-te alguma cena.
Irina – Neps, deixa-te disso meu!
Tusaboy – Ok. Olha não queres falar ou isso?
Irina – Sem paciência.
Tusaboy – (Agora!) Ouvi umas cenas de ti.
Irina – (Que melhor para captar a atenção feminina?) O quê? Quem disse?
Tusaboy – Ouvi dizer que se eu te tentasse beijar tu até deixavas.
Irina – Nunca mudas tu. Já tentaste ter uma conversa em que não incluísses palavras como beijos ou miúdas?
Tusaboy – Só tu é que te queixas. Deve ser só contigo. Fico nervoso e não penso bem, não?
Irina – É capaz… Já não és o primeiro a passar por isso.
Tusaboy – Pois. E achas que devo tentar?
Irina – Força.

Começo-me a aproximar, mais que “incrédulo” (que raio de palavreado hoje! E ainda nem disse uma asneira!) Aproximo-me. Ela começa a fazer sons de respiração nervosa. Aproximo-me Ela inclina a cara para mim a sorrir e afasta a cara para o meu ouvido.

Irina – Podes tentar, mas conseguir, isso, já é outra conversa.

Afasta-se a rir-se com a mão no ar a dizer adeus. Estou confuso. Será que não se deve falar quando se quer beijar uma rapariga? Estive eu todo este tempo errado?

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