10 março 2007

Crónicas do Tusaboy: O primeiro beijo – parte I

Do, esperemos nós, prestigiado personagem Tusaboy
Ok, vendo vocês o título deste texto, deduzo que já estão a pensar:
“Queres ver que aquele palerma não beijou ninguém? Ta ali primeira parte, tou memo a ver que ele se acagaçou a última!”
Epa é verdade. É verdade sim senhor, a última da hora não a beijei. É necessário dizer, antes de começarem a mandar vir comigo, que não é fácil. Até porque defini objectivos, antes de beijar a minha primeira rapariga, e isto disse-me um tipo batido do assunto e que tenho plena confiança, resulta sempre. Disse-me ele, definir os objectivos, aqui estão eles:

1 - Descobrir a rapariga que queres beijar (nota: escusas de esperar um século ou fazer uma lista, não estás a escolher uma casa ou um emprego);

2 - Perceber se tens algum chance com ela, (nota: é preciso admitir e levar a sério este ponto, há pessoas que nunca passam deste ponto porque ficam demasiados presos a duvidar se têm chances ou não) Se não tiveres, volta ao ponto 1;

3 – Definir o tipo de relação que queres com ela (nota: Curte, ou “amor”, sendo esta segundo muito perigosa, muda-te a cabeça e não raciocinas bem o suficiente);

4 – Perceber como ela reage e como ela é, não vás tu escolher um estafermo do caraças (nota: enfim, se ela for uma burra, as tantas é mais fácil… é estritamente pessoal este ponto);

5 – Ter uma relação com ela, e essa relação tem de passar do olá e como estás (nota: não podes escolher a melhor de todas, sem teres nenhuma “amizade” preestabelecida com ela) Se não tiveres, trata de ter, ou volta ao ponto 1;

6 – Estar com ela o tempo suficiente para poderes “brincar” e ter a confianças com ela (nota: isto inclui abdicares de um futebol ou passares uns tempos de seca com ela, mas sem nunca te tornares muito interessado, ou perderes a integridade, ou denunciares a tua posição, e nunca te tornes num colas irritante);

7 – Perceber o timing, descobrir a altura, e beijar (nota: adiar sempre não ajuda muito, e esperar por dias “milagrosos” ou mesmo momentos “memoráveis” é um dos maiores erros possíveis).

E aqui estão os sete pontos do beijar uma rapariga. Agora, é necessário dizer, que eles não se aplicam ao sair a noite. Na noite qualquer tipo come uma gaja, mesmo se fores um feio do caraças, bem podes comer gajas sem problemas, a noite resume-se a isso. Mas pronto, como não tenho a noite do meu lado, estou de castigo por ter bebido demais e outras cenas decidi pois confiar nestes sete pontos. E lá fui eu, fiz tudo isto (não numa semana como seria de pensar, isto leva tempo) e no momento crucial… Enfim, aqui relato o sucedido:

Tusaboy – Pois acho mesmo que o stor é um parvo! (conversa da treta)
Ela – Sim mas tipo ele, bla bla bla bla, muito mau mesmo eu fiquei naquela tipo “ya”.
Tusaboy – Pois, olha ah, gostas de alguém lá da turma? (pergunta pantanosa)
Ela – Porque perguntas isso? (calma e inventa algo para explicar)
Tusaboy – A bocado estavas a falar disso com a Rita não era? Pelo menos pareceu-me… (justificação mesmo estúpida mas tenho que me safar)
Ela – Ah pois, estávamos a falar duma cena… Mas não, não curto ninguém da turma. E tu? (já ta a mudar de assunto, pressiona)
Tusaboy – Estou a ver. Nem de mim? (atrevido mas pode resultar)
Ela – De ti… acho que és muita porreiro. (*CENSURADOOOOOO* porreiro=treta de amigo)
Tusaboy – Ah, pois. (última esperança) E se eu te roubasse um beijo?
Ela – … (nada, eu aproximo-me ligeiramente) Os beijos não se pedem, dão-se.
Tusaboy – (já tou todo *censurado*!) E…
Ela afastasse lentamente e vira-me as costas.

E eu aprendo, á séria, a pior das lições, nunca pedir por um beijo a miúdas inteligentes ou convencidas. TRETA. Para a semana beijo outra, e desta vez, não peço!

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