20 abril 2007

Persistência

Dos autores do blog
Caros leitores, volto ao activo com um texto sobre a persistência. Isto, devido ao facto de há bem pouco tempo, após contactar com um exemplar do sexo feminino, este me ter confidenciado que o predador não deve desistir à primeira, mas sim insistir na captura. Tal confidência deixou-me pensativo, e cheguei a alguns pontos interessantes.
Assim, a primeira coisa que me ocorreu foi a perplexidade em relação ao facto de a fêmea pretender que o macho insista, quando logo a partida ela não mostra sinais de interesse, pensando eu que ela pretenderia que este a deixa-se em paz e não que insistisse. Mas rapidamente me apercebi de uma possível explicação para tal facto: o não demonstrar de um interesse imediato por parte da fêmea, fará com que o macho pense que ela não é uma “presa fácil”, ou “oferecida”, mantendo-se assim com um certo estatuto, e esta explicação deixou-me esclarecido, durante algumas horas. Mais tarde, e depois de uma análise mais aprofundada da afirmação da fêmea, cheguei a uma outra conclusão, esta muito mais comprometedora para as hostes femininas, já que a vontade destas em que o macho se mantenha atrás de si, insistindo, permitirá à fêmea vários ganhos, contando-se entre eles, o aumento do ego e garantia de subida dos mesmo em qualquer altura, visto que o facto de existir um macho interessado nos seus préstimos fará com que o espécime feminino fique automaticamente com um ego de níveis elevados, sendo que quando se sentir com níveis mais baixos bastará uma mensagem ou apenas um sinal ao macho interessado para que este se esbanje em elogios na esperança de conseguir algo da fêmea, subindo assim os níveis do ego desta mesma, existe também o ganho ao nível do estatuto na “manada” feminina, dado que a existência de machos interessados é um claro sinal de poder e logo uma virtude para a sua afirmação na “manada”, sendo estes apenas alguns dos muitos que provavelmente existirão. No entanto, a explicação que me foi fornecida por outro espécime feminino foi uma explicação, claramente, abonatória para os lados femininos, já que esta afirmava que a insistência do macho permitiria à fêmea conhecer virtudes deste e como tal começar a interessar-se por este, ora esta é uma explicação aceitável em relação a mulheres “frágeis e dóceis” como assim chamava o grande Cesário Verde no seu poema “A Débil”, ás mulheres que apenas se pretendiam casar e agradar ao marido para assim assegurar a vida (penso que exemplares destes estão em vias de extinção, o que é mau para o homem por motivos óbvios mas acima de tudo para a humanidade dada a grande redução da natalidade verificada).
Concluí então que apenas devemos insistir com mulheres que NÃO apresentem as seguintes características, como é a postura convencida e a capacidade para deixar os machos “ardentes”, já que as estas apenas se aproveitarão de nós e a nossa insistência, provavelmente, apenas conduzirá a desilusão e ressacas. [2]

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