04 dezembro 2006

Fúrias da Guilhotina

Dos autores do blog
Caros leitores, venho por intermédio deste texto expor a nu uma subespécie do sexo oposto. São aquelas que decidi designar por “Fúrias da Guilhotina”(*) ou “Tricoteuses”.
De facto esta espécie, cujo nome me inspirei naquelas mulheres que durante a Revolução Francesa assistiam ás repetidas guilhotinadas e consequentes mortes, principalmente de HOMENS, é aquele grupo de espécimes que rodeiam a nossa namorada e que, por algum motivo não são apologistas da relação existente entre a amiga e o macho, logo dificultando ao máximo a nossa tarefa de manter o namoro. Para isso criam inúmeras situações e envenenam constantemente a cabeça do espécime que nos é querido, levando este a tomar atitudes impensáveis e nefastas para a relação desta mesma com o macho e possivelmente o término do namoro, causado por uma “guilhotinada” a que estas tricoteuses assistem felizes, por que motivo? Desconheço, mas proporei adiante algumas hipóteses, sendo que nenhuma delas é de excluir, já que nas mulheres tudo é possível.
Assim, começo por apresentar o motivo da imaturidade, que tal como o nome indica é motivado pelo facto de estes exemplares ainda não terem atingido uma maturação total do órgão a que vulgarmente designamos por cérebro, e como tal pretendem uma amiga para as suas brincadeirinhas, mas vendo que esta apresenta demasiado ocupada com um espécime do sexo oposto decide-se por recuperar a sua amiga, atacando o macho. Outro motivo que encontrei esta intimamente ligado ao primeiro, sendo que se considerarmos o primeiro ciúmes, este será uma variante, e caracteriza-se pelo possível sentimento de paixão, ou simplesmente panca, que a tricoteuse poderá sentir pelo macho que se encontra ocupado pela amiga, sendo portanto esta relação um alvo a abater, através dos métodos já enunciados e também de outros que ou desconheço ou não referi. O último motivo que enunciarei será o facto de este espécime feminino poder nutrir sentimentos de afecto e paixão por outros do mesmo sexo, ou seja é lésbica, fufa ou como lhe quiserem chamar, e não pensem que será descabido, visto serem inúmeros os casos verificados.
Para terminar, gostaria então de referir apenas que enquanto o macho é submetido a estas artimanhas, a sua relação com o espécime de eleição do sexo oposto (namorada) vai-se detriorando, terminado muitas vezes da mesma forma, vocês na guilhotina e a uns metros de distância, observando atentamente, sendo ate mesmo possível verificar na sua retina um certo brilho devido á excitação, contentamento ou sentimento de trabalho realizado, essas mesmas, as tricoteuses, contentes por ver mais uma cabeça a rolar para poderem logo ir ter com a amiga para a socorrerem de tão chocante e marcante espectáculo, dizendo-lhes que nos éramos um exemplar imperfeito (como se existissem exemplares perfeitos…) e que ainda por cima éramos isto ou mesmo aquilo.
Será então de referir que se querem evitar esta situação têm duas coisas a fazer: ou são aliados das tricoteuses ou então obrigam a vossa namorada a manter-se afastada destes perigosos e sedentos seres. Caros leitores, peço assim a vossa atenção para esta subespécie, vamos fazer-lhes frente e provocar a sua extinção! [2]

(*) As Fúrias da Guilhotina, tratavam-se de mulheres que assistiam alegremente a decapitação numerosa na época da revolução francesa, que sendo estas das poucas espectadoras decorrentes as seguidas decapitações, tinham o hábito de tricotar durante as decapitações, dai o nome de tricoteuses. Tal era o seu prazer neste espectáculo que foram chamadas de Fúrias da Guilhotina.

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