18 fevereiro 2007

Relações de namoro

Poderia expor aqui, feito artista, maneiras de acabar ou mesmo de começar relações de namoro. E contudo o que venho falar, é mesmo da dor após acabar alguma relação. Demorei uns tempos até perceber, e durante esse tempo todo tinha saudades da relação que tivera e que, estupidamente, acabará. Portanto, para alguém que acabou ou pensa acabar uma relação, venho aqui falar do que sentirás no após essa ruptura.
Agora, é necessário esclarecer, que existem dois tipos de relações:

- A de curtir a cena e tal, sem muito compromissos, muitas conversas ocas e sem qualquer sentido para além do prazer;

- A de querer aprender algo com a rapariga em questão. A relação de gostar mesmo de alguém e querer aproveitar todos os segundos. De desabafar e de confiar nessa pessoa. A de sentir que ao lado dela, estamos o mais felizes possível.

Agora, não confundir uma com a outra. Percebo que se poderá ter uma ideia ou uma interpretação de ambas, que se poderá confundir ou mesmo entender de maneira errada. E contudo o após a relação é completamente diferente. Na primeira, possivelmente acabamos com ela, porque ela era uma parva, uma chata do caraças. Ou porque quisemos optar por outra rapariga. Não a nada a dizer desse caso. E contudo o segundo, é bem diferente. A razão para acabar a segunda relação é quase sempre algo mesmo estúpido. Na segunda relação os tempos eram de ouro, e nas próximas mil relações que irás ter, os momentos com ela estarão sempre na tua mente. Falo portanto do meu caso. Que adorava poder relembrar cada pormenor de ter estado com “ela”. Os dois a passar um bom bocado. E noto, contudo, que as memórias começam a desaparecer, talvez pelo melhor. Ás vezes voltam, como os flashes de um tipo que voltou a casa bêbado, e lentamente recorda o que fez.
A dor de ter acabado com ela, e que muitas vezes gostaríamos de entender porque não desaparece, é fácil de perceber. Por uns tempos tivemos uma rapariga que adorávamos, e que cada segundo era o ponto alto da semana, e agora sem ela, estamos nus. Sem nada para nos suportar. È um sentimento nojento confesso, e no fundo o que sentimos resume-se a isto. Estivemos tão bem, e agora estamos com falta disso que nos fez bem. Não é um conselho, nem mesmo uma dica, mas sim um facto. Sentimos a falta da rapariga que tanto significou para nós. O melhor é arranjar outra, apaixonarmo-nos depressa e ultrapassar o facto mais comum: ela não volta tão cedo.
E que treta siga para a próxima. A outra que fique uma recordação de ouro. Que fiquem os dias de curtição em casa dos pais com a empregada a limpar a casa. Que fiquem os orgasmos repetidos e requeridos uma e outra vez em tardes longas, graças a Deus! E ainda bem, que cena! É lembrar, e siga outra relação. Não é fácil, é certo. Mas quem disse que seria? [1]

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