19 junho 2008

Pornografia, Pai-Nosso de todo o dia

Sempre que vejo pornografia, sinto-me um animal. Porque quando vejo pornografia, sinto que estou ali, feito voyeur. Sinto vontade de entrar em cena. A ideia da pornografia é mesmo essa, sermos parte do filme. Contudo, não consigo deixar de ver os actores. Que estão ali a foderem e eu de lado a bater uma. Eles a olharem para mim surpreendidos, e eu a dizer: “Por favor, continuem.” Não deixa de ser estranho. O prazer da pornografia, não deixa de ser estranho. Pensemos sobre o assunto. Estamos sentados no pc, e dá-nos a vontade. Buscamos um guardanapo ou outra coisa qualquer. (conheço quem use copos e sacos de plástico) E depois começamos a ver os filmes. Pessoalmente prefiro filmes da Internet. É sempre algo novo. E depois, tal como no cinema, podemos acompanhar as nossas actrizes preferidas nos seus últimos filmes. Cria-se ali uma relação actriz-punheteiro, que no cinema não existe. Deixamo-nos levar pela cena.
Sacamos o animal cá para fora e lá começamos a limpar o mastro. Vamos escolhendo o próximo filme que vamos ver. Por vezes um filme basta. Às vezes são vários. Depende da vontade que temos e da rapidez com que batemos. Eu pessoalmente, ultimamente, tenho me sentido desiludido, sempre que o faço. Parece que um pouco de mim vai-se embora. Quer dizer, milhões de pequenos “eus” saem para liberdade, e sufocam. E o problema não é esse, o problema é isso acontecer TODOS os dias. Às vezes mais que uma vez por dia. Por muito trabalho que tenhamos, por muito cansados que estejamos, á sempre uma horita por dia para bater uma. É daquelas coisas que fazemos, mesmo sem querermos.
Agora, gostava de desmentir aquele mito de que “se batermos muito, ficamos sem esperma”. Até pode ser verdade! A questão é esta, há tanta gente aí fora que bate todos os dias, e a toda a hora, e nunca ninguém falou desse problema. Nunca ninguém veio á televisão e disse: “Epa eu batia 2 a 3 vezes por dia, e hoje tenho 23 anos e já não tenho esperma. E pronto, é isso.” Quer dizer, se isso fosse verdade, já estavam a espalhar folhetos e a fazer as crianças perceberem que o esperma não vai estar sempre cá. Apesar de já ter ouvido história de que só produzimos 2 litros de esperma durante toda a vida. (ou eram 20 litros) O que quer que seja, bater uma não deixa de ser um hábito imprescindível do homem. De todos nós. É como comer. Podemos passar fome, mas ficamos pouco saudáveis. E eu sempre aprendi a ser saudável! Por falar nisso, vou ver um filme. Portem-se.

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