10 abril 2008

Estar sozinho e lúcido

Será que me sinto na necessidade de arranjar uma parceira? Alguém com quem partilhar ideias, pensamentos e sonhos? Ou apenas uma namorada para beijar e me esporar? Dá que pensar, na verdadeira razão do amor, quando se é jovem. No fundo, é uma maneira de resolver dois dos maiores problemas de cada jovem: a insegurança e as hormonas.
- A insegurança, pois como todos os jovens, somos inseguros. Não confiamos em toda a gente. Atravessamos uma idade incompreendida e seriamente fodida. Logo, ninguém é capaz de nos ajudar. Somos tão inconscientes que, no dia em que percebemos que a juventude é uma fase da vida sem ajuda e sem nexo, é o dia em que nos tornamos adultos.
- E as hormonas, pois é na juventude que as hormonas pulam alto e bom som. Pedindo, exigindo para serem saciadas. Quer essa exigência seja por uma masturbação diária, ou por uma tristeza constante que pede para alguém lhe saciar a sua vontade sexual.
A verdade é que ter uma namorada, é completamente possível de ser prescindido. Pelo menos na juventude. Basta acabarmos com a nossa insegurança, na procura de conselhos amigos. E saciar as nossas hormonas com uma curte aqui e ali, e uma masturbação por cá e por lá. Logo, é possível percebermos que as namoradas são altamente dispensáveis. Quando se é jovem. Porque quando se é adulto, as namoradas são outra coisa. Os amigos já não são aquela âncora sempre disponível, eles têm a vida deles, não estão sempre disponíveis. E as curtes começam a não ter muito sentido. A procura por mais exige a resposta óbvia: a namorada.
Dá que pensar em todos os jovens que namoram. Que agarram-se mais que super cola 3. Não querem largar. Que se beijam e passeiam de mãos dadas. Como se tudo fosse mais belo, como se não conseguissem viver sem a sua parceira. E no fundo, só precisam dela para aquela punhetinha semanal, ou aquela foda mensal. São um pouco patéticos.

E chamam-lhe amor? Sabem lá o que é amor…

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